3 de janeiro de 2013

Senso crítico e criatividade

Embora seja um processo lento, que tem início na educação familiar, cada vez mais o pensamento criativo tem sido estimulado. Inovação passou a ser o foco, com vistas a manter-se e a evoluir em um mundo cada vez mais global e competitivo.

Apesar de ser a nova ordem, esse estímulo não é algo tão simples por exigir uma mudança de paradigma. Desde o nascimento, somos educados a minimizar os riscos. No contexto familiar, nas escolas... Inovar, criar e ousar implicam em correr riscos. Por isso, a mudança tem que começar na base.

O primeiro passo, então, é quebrar o paradigma do “medo de errar”, propor um olhar diferente sobre a organização, adotar a cultura da inovação – atitude que deve partir da alta liderança, ciente de que um olhar diferente demanda comunicação transparente.

O funcionário só pode pensar e propor mudanças se conhecer muito bem a empresa, suas metas, produtos, clientes, planejamento estratégico, etc. Nesse quesito, a maioria das companhias já dispõe de diversos canais de comunicação interna. Precisa estar atenta à eficácia, se realmente promovem a integração, a troca, se são de mão dupla.

Para que a criatividade seja efetivamente estimulada, a empresa precisa desenvolver uma política de incentivo clara e objetiva. Confira questionamentos básicos para orientar essa elaboração:

• Qual o foco da inovação: melhorar a qualidade ou imagem da marca, conquistar e fidelizar mais clientes, lançar e incrementar produtos e serviços?
• Qual o público-alvo: todos podem participar ou, inicialmente, será dirigida apenas a algumas áreas, como Pesquisa e Desenvolvimento, Manufatura?
• Serão aceitas sugestões com vistas a curto prazo, mais pontuais, como melhorias nos processos e procedimentos, ou todas são bem-vindas?
• Qual a metodologia da política de inovação, que contempla, por exemplo, acompanhamento, projetos-piloto, retorno para o autor da ideia?
• Como será feito o reconhecimento: financeiro, cursos de capacitação, exposição do funcionário?

Para uma política de incentivo ser bem-sucedida, o processo de inovação não deve ser atrelado ao resultado do próximo mês, muito menos com o objetivo de superar momentos de crise. Ao contrário, uma empresa inovadora terá mais chances de sobreviver aos períodos de turbulência.

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