Enquanto economias globais se recuperam da recente recessão, mercados emergentes na América Latina precisam se preparar para os novos riscos e complexidades que acompanham o rápido crescimento projetado para a região. Na Pulse of the Profession de 2013, o Project Management Institute (PMI) descobriu que a América Latina põe em risco, em média, US$ 150 milhões para cada US$ 1 bilhão gasto em projetos — valor mais alto do que a média global que é de US$ 135 milhões para cada US$ 1 bilhão.
Para tratar deste risco elevado, organizações na América Latina precisam eliminar ineficiências em seus projetos. A pesquisa mostra que organizações de alto desempenho que implementam métricas de sucesso comprovadas mitigam risco melhorando seus resultados de projetos e programas; 90% de seus projetos cumprem metas e atingem os objetivos de negócio originais (em comparação com a margem de sucesso de 34% em organizações de baixo desempenho) e põe em risco 144 vezes menos dinheiro do que seus colegas de baixo desempenho, criando uma significativa vantagem competitiva.
Oportunidades para explorar, obstáculos para superar
Enquanto a América Latina engloba um panorama cultural e econômico tão vasto e diverso quando geográfico, as descobertas da Pulse revelam na região um nível de proficiência e maturidade em gerenciamento de projetos menor do que a média global. Organizações nessa região são identificadas como “de alto desempenho” apenas metade das vezes do que quando comparando globalmente, e projetos na América Latina falham um terço de vezes mais do que a média global.
“Em uma economia volátil, as organizações podem se tornar tão focadas em ‘fazer mais com menos’, que podem esquecer que a melhor maneira de garantir o sucesso é desenvolver as capacidades de gerenciamento de projetos e programas para entregar as iniciativas mais importantes da organização”, diz o Presidente e CEO do PMI, Mark A. Langley. “Na América Latina, organizações alegam ter um gerente de projetos inexperiente como a causa principal de insucesso em projetos. O estudo ressalta a importância do investimento contínuo por parte das organizações em treinamento e desenvolvimento do seu bem mais precioso – as pessoas.”
As organizações que fazem isso com maior sucesso adotam quatro medidas em comum:
- Uma variedade de programas de gerenciamento de talentos;
- Um plano de careira definido para gerentes de projetos e programas;
- Programas de gerenciamento de talento integrados com suas estratégias organizacionais;
- Mensuração dos resultados de programas de talentos.
O estudo da Pulse mostra que quando organizações fazem isso, elas completam mais de 72% de seus projetos com sucesso, contra 58% de organizações que não fazem do gerenciamento de talento uma prioridade. Esse diferencial do sucesso apresenta uma significativa vantagem competitiva para organizações Latino-americanas que se concentram em gerenciamento de talento.
O estudo revela que organizações de alto desempenho são mais propensas a focar em três fatores chave:
1. Gerenciamento de Talento: Organizações de alto desempenho fornecem treinamento consistente e contínuo para que os gerentes de projeto elevem o sucesso organizacional. Elas são significativamente mais propensas do que as de baixo desempenho a definir um plano de carreira para gerentes de projeto, um processo para desenvolver competência de gerenciamento de projeto e treinamento para o uso de ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos.
2. Padronização: A padronização leva ao uso eficiente de recursos, o que permite mais tempo para focar em liderar, inovar e entregar produtos e serviços – o que fundamentalmente guia a vantagem competitiva. Organizações de alto desempenho são mais de três vezes propensas do que organizações de baixo desempenho (36% versus 13%) a utilizar práticas padronizadas em toda a organização, e têm melhores resultados de projetos como consequência.
3. Alinhamento Estratégico: É até quatro vezes mais provável que organizações de alto desempenho já tenham alcançado maturidade em suas práticas de gerenciamento de projetos do que organizações de baixo desempenho. Os dados da pesquisa mostram claramente que práticas de gestão de projetos, programas e portfólio mais maduras levam ao melhor desempenho do projeto. Organizações com práticas de gerenciamento de projetos bem sucedidas, processos de benefícios integrados e capacidade de gestão de portfólio alinhadas à alta agilidade organizacional alcançam resultados de projeto significativamente melhores do que os seus homólogos que são menos desenvolvidos.
Fonte: Administradores.com
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